10 “Regras de Ouro” para que os seus filhos aprendam a respeitá-lo

escrito por:
Inez Kwiecinski
atualizado em:
27 de fevereiro de 2019
Inez Kwiecinski
27 de fevereiro de 2019

Limite: “linha real ou imaginária, que limita e separa um território de outro”.

É justamente essa famosa linha imaginária que, se bem apresentada nos primeiros anos de vida da criança, fará com que ela esteja disposta a cumpri-la, evitando assim ataques de birra, esperneio e gritos dos pequenos e outras situações desagradáveis e desrespeitosas.

Dar limites aos filhos implica em explicar a eles o que pode e o que não pode ser feito, explicar que todas as pessoas devem respeitar regras de boa convivência para que se possa conviver em harmonia, caso contrário, cada um fazendo o que quer, quando quiser, pode gerar situações de desconforto, devemos explicar aos nossos filhos o que acontece se não cumprimos regras. 

Regras e limites existem em todos os lugares, precisamos aprender em casa para não sofrermos as consequências negativas caso não cumpramos as regras da escola por exemplo, certamente nossos pais não estarão por perto para nos protegerem.

Não é nada fácil chegar a vida adulta, é necessário saber lidar com as experiências negativas, frustrações, limites e diversas regras.

A infância é justamente o período da vida em que o indivíduo começa a aprender que é importante aceitar a realidade e as coisas que não saem conforme o esperado, e os limites impostos pelos pais são fundamentais nesse processo.

Crianças que crescem sem limites se tornam adultos que não sabem lidar com frustrações e decepções, demonstram muita dificuldade para seguir regras, não tem paciência e não conseguem manter sua autodisciplina.

Essas pessoas têm dificuldade para aceitar a realidade da vida adulta e se tornam adultos deprimidos, egoístas ou até psicopatas.

Infelizmente não existe uma receita pronta para criação dos nossos filhos.

Independentemente do estilo de educação adotado pela família, é preciso criar limites para que o desenvolvimento do seu filho seja saudável, tanto do ponto de vista psíquico quanto físico.

É importante que as regras impostas sejam aplicadas na medida certa, sem muito autoritarismo ou excessiva permissividade.

O diálogo diário entre os pais e os filhos é fundamental na construção desse relacionamento.

Primeiramente precisamos estabelecer as regras,  isso é o mais importante. Abaixo listamos algumas regras que o ajudarão muito nesse processo. 

Porque Definir Regras e Qual a Importância delas?

Não tenha medo de impor regras e limites para seu filho desde a infância.

Acostumá-lo com este processo logo cedo vai fazer com que ele respeite você e suas ordens em todas as etapas da vida.

Comece impondo regras relacionadas a horários e estabeleça uma rotina, fazendo tudo do mesmo jeito, todos os dias. Por exemplo: banho, refeições, passeio.

1) Tenha autoridade sem ser autoritário

Se você já estabeleceu as regras, explicou as consequências e colocou os limites em prática, não há necessidade de repetir tudo o que foi combinado no dia seguinte.

O importante é deixar claro o tipo de comportamento esperado pelos pais, caso contrário, você estará estimulando a quebra da regra por parte da criança, ou seja, ela certamente irá te testar, ira conferir se você realmente cumprirá com aquilo que foi combinado.

Falou tá falado! E não se esqueça, você também precisa cumprir os combinados, afinal você é o exemplo, não se esqueça disto.

2) Esteja atento

Repense os limites impostos para que eles façam sentido no momento em que for necessário repreender a criança.

É importante que os pais estejam na mesma sintonia, pois a criança deve perceber que o que vale para um, vale para todos.

Fique atento, se você tiver dois ou mais filhos, os combinados valem para todos, não abra exceções para um ou outro.

3) Seja firme

Promessa é dívida! Se você estabeleceu a regra e também a consequência caso ela seja descumprida, coloque-a em prática.

A criança passará a respeitar mais suas determinações ao perceber que você realmente cumpre com o que promete.

Mas cuidado, a punição não deve ser longa ou permanente. Se o castigo for por tempo indeterminado, chegará o momento em que a criança não se lembrará da razão pela qual está sendo punida e se sentirá injustiçada.

E também não diga o que não irá fazer, prometer que irá castigar severamente, com uma surra por exemplo será doloroso para você e seu filho.

Pense em castigos adequados à idade e ao que realmente fará com que seu filho pense antes de descumprir os combinados da próxima vez.

Tire algo que ela goste muito por um curto período, por exemplo.

4) Disciplina para você e seu filho

Jamais passe a mão na cabeça do seu filho quando ele quebrar as regras, ou não cumprido algum combinado com você.

Isso pode ser muito perigoso!

Caberá a você decidir qual tipo de perda ele poderá sofrer, claro que com coerência.

Exemplo clássico: Não fez o dever de casa? Então não terá videogame!

Explique as consequências de atitudes inadequadas.

5) As Regras são as mesmas para sempre?

Vai depender de uma série de fatores pessoais, que variam de família para família.

O importante é manter a rotina de regras enquanto eles estiverem sob seus cuidados.

Para isso, é fundamental manter uma boa convivência. Importante lembrar que enquanto a casa é sua, as regras também devem ser!

Ao longo do tempo, as crianças irão crescer, e as regras irão mudar, você precisará readequar suas regras e limites de acordo com a idade do seu filho.

6) Regras não tiram “folga”.

Deixe claro para as crianças que as regras também valem para quando eles estiverem fora de casa.

Se alguma norma for descumprida durante um passeio ou na casa de outra pessoa, as consequências deverão ser aplicadas assim que eles chegarem em casa.

Converse com parentes, tios, avós ou amigos para que eles não permitam atitudes proibidas por você.

Se isso acontecer, explique para a criança que a regra continua valendo em outros lugares também.

7) A participação dos filhos é essencial.

Para as crianças pequenas, que ainda não têm o discernimento do certo ou errado, é fundamental partir dos pais o estabelecimento dos limites.

No entanto, quando eles já estiverem com a idade adequada, quando forem adolescentes por exemplo, a história muda.

Nessa fase, vale a pena apostar na participação deles na definição das regras, pois já estarão grandinhos e saberão quando estão fazendo alguma coisa certa ou errada.

Além disso, os adolescentes adoram sentar com os pais e discutir as estratégias da casa, fazendo isso, eles o repeitarão com certeza, pois se sentirão importantes, fazendo parte deste momento.

8) Não desista no meio do caminho!

Mantenha atitudes coerentes em relação às regras.

Não desista na metade do caminho do que foi combinado ou vai perder a credibilidade junto aos seus filhos.

Portanto, garanta que os limites impostos se adequem à vida cotidiana da família para que todos colaborem com esse processo.

Seja “pulso firme”!

Lembre-se que, por mais difícil que seja, eles são seus filhos, não desista deles, e cuidado com falas como: “Não aguento mais esse menino…” ou “eu desisto, ele não tem jeito“.

Dê exemplo e verá que toda a sua família agirá com civilidade, dando exemplo aos colegas por exemplo.

Afinal faz bem a qualquer pessoas ser honesto, ter caráter, não dar “jeitinho” e nem fechar os olhos quando perceber que as coisas não estão corretas.

9) Limite dos pais

Para dar limites, os pais também precisam ter LIMITES.

Ninguém pode dar o que não tem não é mesmo.

Jamais defina limites ao seu filho visando ao seu próprio interesse ou prazer pessoal.

Não viole as regras, isso também é falta de limites, lembre-se: seu filho esta permanentemente aprendendo com você.

Não use os limites como desculpa para falta de paciência em relação as necessidades dos filhos.

10) Lembre-se de elogiar

Elogie sempre que precisar, diga ao seu filho que ele fez um ótimo trabalho, mas não o recompense, pois não estamos falando de trocas, se você cair nesta armadilha estará perdido, ele com certeza lhe pedirá algo em troca para fazer o que você pediu.

Estas são algumas ideias de como podemos organizar um plano para que tenhamos uma família equilibrada, onde os filhos respeitem os pais, os pais respeitem os filhos, onde todos ganham. Ganham em casa, na escola e na sociedade.

Com certeza nossa responsabilidade de educar bem nosso filhos fará muita diferença no futuro.

Gostaria de deixar como sugestão de leitura, o título de alguns excelentes livros sobre o assunto, com certeza estas leituras o ajudaram muito.

  • Içami Tiba – Limites na medida certa
  • Tania Zaguri – Limites sem traumas
  • Tania Zagury – Filhos: Manual de instrução
  • Içami Tiba – Quem ama educa
  • Augusto Cury – Socorro meu filho não tem limites

 

 

O limite tem que ser dado

“A força dos pais está em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, adequado ou não, entre o que é essencial e supérfluo, e assim por diante.”

Içami Tiba.

 

Se você tiver outra sugestão não hesite em nos contar, escreva!

 

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