A comunicação entre o casal não existe mais, as brigas estão constantes, será que o sonho acabou? Será hora de procurar a tão temida terapia de casal?
A terapia de casal pode ser vítima de piadas em filmes, seriados, e até mesmo na sociedade, mas certamente ela é um primeiro passo importantíssimo para o casal que quer resgatar a harmonia familiar.
Acredita-se que antigamente os casais permaneciam casados por mais tempo, cada qual exercia seu papel dentro do casamento e não haviam desentendimentos, acreditávamos que o casamento era para sempre. Porém, os papéis mudaram, a pressão da sociedade aumentou, e muitos conflitos começaram a vir a tona.
A estória de “felizes para sempre” não tem sido tão para sempre assim: brigas, desentendimentos, traições, desencantamentos, o tempo contando contra o relacionamento, os casais modernos se ocupam de uma série de responsabilidades que muitas vezes os impedem de terem tempo para conversar, saberem um do outros, quanto mais dividirem suas preocupações e ansiedades.
O desgaste torna-se evidente e parece que tudo vai desmoronar, o sonho acabou, a comunicação entre o casal não existe mais.
Geralmente o casal procura por ajuda em meio a uma crise, mas, obviamente, ainda há o que ser dito senão não estariam procurando ajuda para alguém interpretar o que não estão conseguindo dizer um ao outro.
Quando o casal busca auxílio do terapeuta é porque a via de comunicação entre os dois já se esgotou e muitas vezes se encontram no limite da relação, tendo como causas mais comuns discussões violentas, questões de sexualidade, filhos, relações extraconjugais, falta de amor, eventos inesperados que podem provocar uma crise levando-os até mesmo a pensar num processo de separação que é ainda mais doloroso.
Em quais momentos uma terapia de casal é realmente necessária?
É importante saber que a terapia de casal é um modelo de intervenção que envolve o casal. Mas os focos da ação terapêutica é o padrão de funcionamento, a forma e a qualidade da interação do relacionamento dos cônjuges.
Independe do motivo pelo qual um dos dois, ou ambos procuraram ajuda, o objetivo inicial da terapia é sempre o mesmo, o terapeuta poder proporcionar um espaço seguro para os parceiros onde os mesmos consigam explorar a si mesmos e o relacionamento de um com o outro.
É importante destacar que a terapia de casal não é uma mediação de casal, e sim, ajuda profissional terapêutica para que o casal possa refletir, definindo o que idealizam, como gostariam que fosse o relacionamento e como eles gostariam de ser individualmente. O profissional auxilia o casal a enxergar como certas ações e reações se encaixam e são complementares para formar o que eles chamam de “o problema”.
O resultado da terapia partirá de ações que produzam uma nova ação, a da mudança relacionada a problemática da qual vieram buscar auxilio.
Quais os motivos mais comuns que levam o casal a procurar ajuda?
As principais indicações de Terapia de Casal são:
- Quando o casal se encontra em crise aguda, com envolvimento dos filhos no conflito.
- Quando existe muita tensão e se manifestam conflitos repetitivos no relacionamento.
- Quando um parceiro muda significativamente na sua terapia individual, desencadeando estresse importante na relação.
- Quando um dos cônjuges possuem psicopatologia severa, como por exemplo, alcoolismo, depressão.
- Quando na terapia de família ou da terapia individual do filho fica claro que as dificuldades da criança estão relacionadas aos conflitos mal resolvidos dos pais.
Desta forma, a terapia de casal é um processo de construção e de criação no qual o espaço da sala do consultório possa transmitir segurança para que ambos possam aprender a encontrar as soluções juntos e a crescerem seja como indivíduos ou como um casal.
A terapia de casal tem duração em média, de três a quatro meses. O terapeuta ajudará o casal a desvendar o que está encoberto por trás das brigas repetitivas e aparentemente fúteis que normalmente impedem que o casal consiga ter uma conversa sem brigas e discussões, desta forma o casal terá clareza dos processos inconscientes que os levaram a se escolherem como parceiros e como chegaram ao ponto de desencontro.
Essa consciência proporciona uma clareza dos mecanismos em jogo nas tramas da relação. Haverá a consciência de que num relacionamento a dois não existe um culpado nem um inocente. Há sempre dois em jogo, são duas estórias, duas vidas, cada qual com sua verdade.
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